2013 foi o ano do “Big Data”, as duas palavrinhas mágicas caíram nas graças dos profissionais de marketing e geraram uma grande euforia no mercado; Para quem sempre trabalhou com métricas, parecia que o sonho de finalmente ter a devida importância reconhecida no ecossistema da comunicação se tornaria uma realidade, mas infelizmente não foi o que vimos acontecer de fato.
Essa frustração é natural e grande parte dela é de responsabilidade dos próprios profissionais do mercado. Em momentos de grande euforia como este , todos querem se lançar à novidade e muitas vezes não estão devidamente preparados para tal. O resultado já é conhecido, uma confusão generalizada onde anunciantes não entendem as agências que por sua vez não compreendem os veículos.
Mas calma, nem tudo está perdido, e pensando pelo lado positivo, 2013 foi um ano incrível para aprendizados. Já 2014 é o ano para se colocar a casa em ordem, para isso, o IAB junto com seus associados já tem planejado uma série de ações com a pretensão de se estabelecer uma única linguagem no mercado, simplificando a comunicação a fim de tornar o Big Data não apenas uma promessa, mas uma realidade nas empresas.
Temos uma série de desafios para que esse objetivo seja alcançado, um dos obstáculos a serem transpassados é a formação de mão de obra qualificada para operar toda essa máquina, transformar de vez os ratos de relatórios em verdadeiros ninjas dos insights. Para isso é preciso focar na educação e na difusão dessa nova profissão, que na maioria das vezes é desconhecida para jovens na iminência de ingressarem no mercado de trabalho.
Outro ponto importante está nos processos internos das empresas, auxiliar na implementação de áreas específicas bem como na formatação de modelos de negócio para esse novo serviço é essencial para que se construam relações fortes entre prestadores de serviço e seus clientes, essa é uma forma de tornar o novo negócio sustentável e rentável nessa nova realidade.
Por fim, e talvez o mais importante, é traduzir todo esse linguajar técnico com que somos bombardeados a todo instante em uma linguajem compreensível para o alto escalão das empresas. Essa é uma das tarefas mais difíceis e ambiciosas do comitê neste ano. É chegada a hora de abandonar de vez as antigas métricas as quais ficamos presos nos últimos anos e transformar o pageview, unique visitor, bounce rate, CTR e outros velhos conhecidos em insigths reais, tomadas de decisão e resultados palpáveis, só assim o Digital Analytics se tronará de fato o cérebro dentro das organizações.
Para que todo esse plano dê certo, o IAB se apoiará em seus 3 pilares: Educação, Eventos e Conteúdo, a fim de se formar uma base sólida, possibilitando a construção de um mercado organizado e capaz de evoluir autonomamente, no qual todos possam sair ganhando.
Teremos muito trabalho pela frente e se quiser participar de tudo isso, o IAB está de portas abertas. Se no final conseguirmos pelo menos mexer um pouco nesse ponteiro, teremos dado o primeiro passo em direção ao sucesso.