Líderes alfas são os grandes líderes, os que dominam o ambiente e se destacam na maioria. Não só no mundo corporativo, mas também em outras áreas, a denominação “alfa” está relacionada a destaques: no mundo animal, alfa é utilizado para classificar o animal dominante entre o bando, no alfabeto grego é a primeira letra, em astronomia é a estrela que mais brilha. No mundo corporativo não poderia ser diferente.
Os líderes alfas possuem algumas características em comum: são focados em resultados e valores pessoais, têm a capacidade de mover grupos para atingir seus objetivos e gerar credibilidade, possuem personalidade forte, inteligência, raciocínio veloz e habilidade na tomada de decisão, na resolução de problemas, são confiantes e intensos e normalmente estão com pensamentos sempre à frente dos demais.
A liderança alfa é benéfica quando a pessoa sabe minimizar o impacto negativo e maximizar o positivo entre seus colaboradores, assim os líderes serão capazes de trabalhar para atingir os objetivos da empresa e levar suas equipes ao sucesso. Para que isso ocorra é necessário que esses líderes tenham percepção, e utilizem suas habilidades em favor da empresa e de seus projetos pessoais.
A liderança alfa é uma característica que normalmente é relacionada ao homem. Este é um aspecto que chama a atenção no mundo do trabalho: existem poucas mulheres líderes.
Segundo levantamento da consultoria Grant Thornton, que falou com executivos de 12,5 mil empresas em 44 países (300 companhias brasileiras), as mulheres ocupam 24% dos cargos de liderança no mundo. No Brasil, elas ocupam 23% da alta gestão – número similar à média mundial – e 14% quando se refere somente a presidentes.
As empresas de tecnologia, em especial, costumam ser dominadas pelo sexo masculino. A presença feminina é representada por apenas um quarto da força de trabalho no setor de tecnologia da informação. Nos cursos de ciência da computação, o número de homens é muito maior do que o de mulheres, que representam apenas 18% das graduações. Os números indicam que é um setor predominantemente masculino.
Embora a liderança e as companhias do setor de tecnologia sejam áreas dominadas pelo sexo masculino, existem algumas iniciativas para alcançar a equidade de gênero nas lideranças dessas companhias.
O Instituto Anita Borg (ABI) é uma organização sem fins lucrativos que tem como foco o avanço das mulheres nas áreas de computação e tecnologia e elabora anualmente um ranking para avançar a condição feminina na indústria da computação
O Instituto realiza todo ano o estudo “Top Companies for Women Technologists Leadership Index” que tem o objetivo de identificar as empresas de tecnologia que trabalham para mudar a representação feminina na área e reconhecê-las como oportunidades onde as mulheres podem prosperar. O estudo é feito com metodologias estatísticas rigorosas para avaliar os progressos das empresas, e dados sobre a permanência e contratação de mulheres em cargos técnicos.
A pesquisa é interessante para as mulheres que estão em busca de construir uma carreira neste setor, porque permite que elas identifiquem as empresas que se esforçam para aumentar a inclusão feminina e obtêm bons resultados. Já para as companhias listadas, o índice funciona como um feedback sobre o seu progresso e esforços, como indicativo de novas tendências e desafios em torno da diversidade de gênero e proporciona mais visibilidade para seus sucessos.
A representatividade é muito importante para recrutar e preservar mais mulheres no setor de tecnologia da informação, porque empresas com figuras femininas em posições de liderança tendem a atrair mais mulheres. Com esse estudo, a ABI espera colaborar para o aumento de uma representação mais justa das mulheres na indústria de tecnologia.
As oito empresas de TI incluídas no índice divulgado pelo ABI das melhores organizações para mulheres em tecnologia são: Accenture, Apple, eBay, GoDaddy, Google, IBM, Rackspace Hosting e Salesforce. O estudo também lista departamentos de tecnologia de outras seis empresas: BNY Mellon, American Express, Goldman Sachs, T. Rowe Price, USAA e Methodology.
A Liderança Alfa e a importância do aumento da participação das mulheres em cargos de liderança nas corporações serão temas do 5° Fórum Mulheres em Destaque, que acontece nos dia 24 e 25 de novembro deste ano, no Fecomércio, em São Paulo.