Na maioria das vezes, quando falamos na construção de um ambiente acessível, logo pensamos em recursos físicos, como: rampas para pessoas com deficiência motora.
Contudo, a acessibilidade vai muito além disso. Em um cenário virtual, por exemplo, há diversos fatores que devem ser levados em consideração para o desenvolvimento de um e-commerce inclusivo.
Aplicar as práticas necessárias de inclusão em sua loja virtual oferece a oportunidade de aumentar a abrangência do público que sua empresa atende e também promove a humanização da sua marca.
Neste conteúdo, você descobrirá como tornar seu e-commerce inclusivo e auxiliar seus clientes. Vamos lá? Boa leitura!
O que significa ter um e-commerce inclusivo?
De acordo com a legislação brasileira, a acessibilidade é uma condição básica para que pessoas com deficiência tenham autonomia e segurança para utilizar serviços.
Assim, ter um e-commerce inclusivo significa oferecer um ambiente digital com boa usabilidade para todas as pessoas. Ou seja, o espaço deve contar com recursos que possibilitem, por exemplo, que pessoas com deficiência visual possam fazer compras com o auxílio de ferramentas sonoras.
Qual a importância da acessibilidade para um e-commerce?
Antes de qualquer coisa, vale dizer que tornar o seu e-commerce um espaço inclusivo é um ato de cidadania — garantido, inclusive, pela Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146). Além disso, investir em recursos de acessibilidade digital, promove benefícios como:
- Aumento da abrangência do público;
- Melhora no engajamento;
- Fidelização de clientes;
- Otimização das práticas de Search Engine Optimization;
- Conformidade com as leis.
Como desenvolver um e-commerce inclusivo?
Existem diversos tipos de acessibilidades no e-commerce e para que seu site atenda a todas é importante seguir algumas práticas. Confira!
1. Ofereça diferentes formas de leitura de tela
O primeiro fator que deve ser analisado e otimizado é a legibilidade da sua tela (textos, imagens e vídeos).
Para pessoas com deficiência auditiva, por exemplo, é importante que você use ferramentas para converter conteúdos audiovisuais em vídeo. Caso seja possível um investimento maior, vale também contratar profissionais especializados na criação de materiais em Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Já no caso de pessoas com deficiência visual, você deve garantir que os conteúdos estejam escritos de maneira legível e que as imagens tenham descrições para que todos os textos possam ser lidos pelos leitores de tela.
2. Construa layouts limpos e organizados
Outro ponto de grande importância para construção de um e-commerce inclusivo é a forma com que o layout da sua loja está organizado. Além de evitar blocos grandes de textos, você deve analisar: o tamanho da fonte, espaçamento do texto e a quantidade de itens presentes na tela.
3. Escreva conteúdos de fácil entendimento
Escrever conteúdos de fácil entendimento é fundamental para promover acessibilidade a todos. Essa é uma prática importante para tornar os textos legíveis aos leitores de telas e também para que pessoas com deficiências intelectuais e cognitivas possam ter uma boa experiência em seu e-commerce.
4. Pense no contraste de cores e botões
Assim como a construção de um layout limpo e organizado, a paleta de cores também tem um papel muito importante na criação de um e-commerce inclusivo. Pessoas daltônicas, por exemplo, podem ter dificuldade para ler ou compreender sua loja, dependendo da sua escolha.
Aqui, a dica é contar com a ajuda de ferramentas que auxiliam na criação de paletas acessíveis.
5. Tenha uma equipe de atendimento ao cliente preparada
Por último, é importante garantir que sua equipe de atendimento esteja preparada para atender a todos, independentemente de suas necessidades. Por isso, invista em treinamentos especializados nessa área. Além disso, disponibilize também todas as opções de atendimento possíveis, como telefone, chats e e-mail.
Agora que você sabe sobre a importância de ter um e-commerce inclusivo, é hora de colocar todos esses fatores em prática. Vale reforçar que a acessibilidade não deve ser entendida apenas como algo a ser cumprido por conta de uma obrigação, mas sim, como um ato de cidadania e igualdade.
Autor(a): João Marcello, Supervisor de Conteúdo da Hubify.