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Como criar um espaço de trabalho cada vez mais inclusivo e diverso?

Como criar um espaço de trabalho cada vez mais inclusivo e diverso?

Junho é o Mês Internacional do Orgulho LGBTQIA+ e – embora já tenhamos evoluído muito quando falamos da inclusão e da equidade de direitos da nossa comunidade na sociedade – ainda precisaremos de mais meses e outros dias do ano para alcançarmos ambientes de trabalho igualitários, seguros e acolhedores para nós. Neste contexto, fica evidente que abarcar a diversidade de gênero e de orientação sexual nesses espaços significa promover o diálogo e, principalmente, iniciativas em diferentes frentes – seja garantindo apoio para pessoas que estão em processo individual de identificação ou investimento em treinamento e capacitação para ampliar nosso empoderamento econômico.

Por isso, neste texto, decidimos compartilhar algumas dicas para a construção de um ambiente de trabalho cada vez mais inclusivo para aqueles que são partes da sigla, assim como também dividiralguns aprendizados extraídos de iniciativas que estamos desenvolvendo como lideranças à frente do PRIDE at Google – experiências que, ao nosso ver, podem ajudar outras empresas na adoção de boas práticas neste sentido.

Vamos começar, então, apresentando nosso grupo? Formado por Googlers que se identificam na comunidade LGBTQIA+ e aliados, o PRIDE at Google reúne integrantes dos nossos escritórios pelo mundo – no Brasil são dois, um em Belo Horizonte e outro em São Paulo. E a nossa missão é atrair, recrutar e reter talentos LGBTQIA+. Dito isto, podemos já contar qual é o nosso primeiro grande conselho.

1. Grupos internos de funcionários nas empresas são muito importantes

Afinal, eles são uma forma genuína de promover reflexões, educação, interações e suporte a partir do nosso lugar de falar e com a participação de todas as letras: lésbicas, gays, bissexuais, trans, queers, intersexuais, assexuais e outras tantas. 

Neste ano, devido ao isolamento decorrente da pandemia de COVID-19, tivemos que migrar nossas atividades para o online e, acredite, isso nos trouxe novos pontos de fricção. O que, inclusive, nos leva à dica número dois.

2. Independente das circunstâncias, continue promovendo a agenda da diversidade e inclusão

Mesmo à distância. Afinal, apoiar as pessoas durante a travessia desse momento de instabilidade é parte deste trabalho. Por aqui, procuramos diferentes meios e plataformas para celebrar a importância de vivermos em comunidade, com nossas diferenças e individualidades. E impulsionando cada vez mais nossa visão de construir comunidade interna e de apoiar a inclusão de organizações locais também.

Reparou que citamos organizações locais? Pois é… 

3. Fortaleça a comunidade externa

Acreditamos que não basta fazermos para dentro, é preciso movimentar e impulsionar a comunidade externa em prol de um mercado mais inclusivo. Esse é mais um dos aprendizados que gostaríamos de compartilhar e que julgamos essencial na hora de pensarmos no planejamento de ações de inclusão LGBTQIA+ nas empresas: apoiar iniciativas de organizações não governamentais e coletivos externos com recursos, treinamento, capacitação é uma excelente forma de impulsionar o movimento com o que nossas empresas têm de melhor! 

Aqui no Google, por exemplo, em parceria com a Transempregos e Associação Mães pela Diversidade, capacitamos mais de mil pessoas trans em habilidades digitais e socioemocionais, treinamento para profissionalização de seus currículos e conhecimentos do campo jurídico para garantia de seus direitos. 

 

Planos para o futuro

A luta por inclusão e equidade da comunidade LGBTQIA+ ainda tem um longa jornada e precisamos de cada vez mais empresas envolvidas proativamente na criação de ambientes de trabalho seguros e diversos, onde os membros da nossa comunidade consigam se desenvolver pessoalmente e profissionalmente, sem sofrerem barreiras por serem quem são.

Como lideranças LGBTQIA+, continuaremos trabalhando na conscientização das lutas de todas as letras da comunidade, trazendo também as questões interseccionais que existem no Brasil. Acreditamos que a educação interna, exercícios de empatia, treinamentos e discussões sobre novas visões seja o ponto de partida para de fato gerar mudanças que podem transformar o ambiente de trabalho em um local inclusivo e seguro para todas as pessoas que se identificam dentro da sigla. 

Por fim, deixamos o convite para você também ser uma pessoa ou empresa aliada desse movimento! É essencial trazer cada vez mais pessoas para a discussão pelo poder de causar mudanças em âmbitos que a comunidade ainda não tenha alcançado. Acreditamos que conviver transforma, e para conquistarmos a equidade, precisamos da inclusão de todos.

Autores: Edu Pierre e Guilherme Saconatto, Líderes do PRIDE at Google