Aquele famoso “prepare seu produto digital para novos contextos”, será que foi pensado antes ou depois da COVID-19? O time de UX é o grande responsável por imaginar comportamentos em diferentes contextos, circunstâncias internas ou até mesmo externas de um dispositivo. Entendemos que todos esses atributos são vivos e dinâmicos, ainda mais quando se trata de uma pandemia em que não há respostas 100% concretas. O segredo é que especialistas de design para produtos, agora e mais do que nunca, precisam entrar no mood de testar e falhar, testar e falhar, testar e falhar… Caso contrário o impacto será no time e não no time em si gerando o impacto.
Os 5As:
- Uma rápida mudança para o digital (Agilidade)
A pandemia resultou em regras de bloqueios impostos pelo governo – medidas de distanciamento que entraram em vigor e que contribuíram para uma mudança de comportamento. Com isso, um número cada vez maior de pessoas se voltou para a esfera digital. Assim, a demanda por aplicativos móveis e soluções digitais passou a crescer ainda mais. Como tal, as equipes de design em todo o mundo enfrentam agora novos desafios para criar novos produtos que atendam às necessidades em evolução de um público cada vez maior.
- Mudanças no comportamento de compra (Ascensão)
Os consumidores reagiram ao fechamento de lojas físicas colocando sua intenção de compra no mundo digital, se voltando inicialmente para marcas conhecidas. Entretanto, à medida que os problemas de estoque e cadeia de suprimentos começaram a se estabelecer, os motivadores de compras evoluíram rapidamente.
Um número cada vez maior de pessoas se tornou mais confortável comprando produtos e serviços online, especialmente de empresas menores e menos conhecidas, mas com a capacidade de oferecer uma experiência tranquila e contínua aos clientes. Eficiência e intuitividade agora devem informar cada decisão de UI e UX, porque mais do que nunca os consumidores podem identificar imediatamente as experiências que desejam nos sites e produtos digitais com os quais decidem se envolver. Se você não estiver atendendo, muitos clientes não medirão esforços em procurar outro lugar para buscar o que necessitam.
- A importância da usabilidade (Adoção)
Os usuários desejam que os produtos digitais com os quais se envolvem sejam intuitivos e fáceis de usar. Em termos de transações online, eles não querem ser forçados a progredir por meio de uma série de etapas para fazer uma compra, especialmente no caso de marcas com as quais pretendem interagir com frequência.
Em muitos casos, garantir que as ações possam ser executadas com o mínimo de passos possível resultará em uma experiência muito mais positiva e que, possivelmente, os usuários estariam dispostos a realizar novamente. Em termos de UI e UX, isso significa garantir que cada ponto de interação tenha sido cuidadosamente projetado para ajudar os consumidores a concluir as ações da maneira mais eficiente possível.
- Uma equipe subindo a barra de qualidade (Ação)
Existem muitos caminhos na construção de uma solução digital. Nesse contexto, trabalhar com uma equipe de design experiente garantirá que seu investimento se concentre em entregar resultados tangíveis. Portanto, explore um time especializado em design, ajudando assim sua empresa a identificar novas oportunidades.
Quer saibamos ou não, os designers de interface do usuário e UX agora são partes integrantes de nossas vidas diárias e apresentam um desempenho consistente, que pode ajudar as empresas a se destacar de seus concorrentes e garantir uma porcentagem maior de seu mercado – o que, convenhamos, é vital em tempos difíceis.
- Flexibilidade na utilização de novas ferramentas (Ampliação)
Interações remotas com os clientes podem nos levar para alguns caminhos como, por exemplo, a distração e a mudança de foco. Para evitar esses percalços é necessário estar preparado e abordar as entrevistas com mais profundidade para que o mapeamento seja eficiente.
Existem ferramentas que ajudam bastante nesse tipo de interação remota, mas é importante também lembrar que, remotamente, você precisa ter o seu conteúdo já elaborado para que ele possa ser compartilhado. Além disso, ele deve ser visual, incluindo slides de Power Point, gráficos relacionados a sua pesquisa, diferentes formatos de imagem ou até mesmo uma narrativa no formato Storytelling. Esse conjunto de informações a ser apresentado vai gerar sinergia e empatia de ambos os lados e a sensação de estar remoto será menos intensa de alguma forma.
Seguem algumas sugestões de ferramentas de acesso colaborativo mais utilizadas no mercado para o trabalho remoto:
Zoom – Gravação de reuniões, compartilhamento de tela simultâneo, gerar convites com usuário e senha para acessos.
Miro – Conduzir sessões de design thinking através de grupos de forma colaborativa e possibilidades de criar canvas com funcionalidades de arrastar e soltar.
Lucidchart – Criação de mind maps, fluxogramas, diagramas complexos, documentações de produtos e UX Design.
Vale a pena explorar as possibilidades de cada ferramenta e seus diferenciais que cada uma oferece para que seu mapeamento com o cliente seja efetivo.
UX – o “X” não é a questão
Não se engane, pois ele não é só para profissionais de UX. Se há um outro ser humano envolvido em qualquer etapa do seu trabalho, existirão questões e dores a serem tratadas, sejam elas referentes a clientes ou empresas. A sigla UX descreve um profissional bastante requisitado no mercado ultimamente, o chamado Designer de Experiências do Usuário. Traduzindo o termo, a letra “U” significa “user” e a letra “X” significa “experience” (na língua inglesa “ex” tem o mesmo som que a letra “x”). A questão é realmente entender que os especialistas em UX também são consumidores. Afinal, como dizem as velhas lendas, “calçar o sapato do próximo” – a empatia – é um dos grandes segredos e que ainda está em descoberta por muitos.
Autores: Marcio Steffen e Hálef Alves – Time de Inovação Oracle Brasil