Em entrevista, o Presidente do Comitê de Social Media do IAB Brasil comenta que o “problema” pode ser oportunidade para marcas e profissionais; o executivo também comentou outros temas relevantes.
Apesar de tanto “bafafá” em torno das restrições de alcance orgânico da rede social de Mark Zuckerberg, André Artacho, Presidente do Comitê de Social Media do IAB Brasil defendeu, em entrevista ao Grupo de Mídia do Rio de Janeiro, que o problema pode se converter em uma oportunidade para as marcas e os profissionais envolvidos com sua divulgação. “Sinceramente, acredito que isso será positivo para as marcas, pois elas não pensarão mais em fã como uma pessoa que consumirá tudo que postarem. Serão mais críticas com o que elas vão comunicar e quando”, afirmou Artacho.
Além do tema polêmico, ele aproveitou para comentar o objetivo em que está envolvido um concurso cultural ou promoção nas redes sociais. Artacho enxerga que as ações promocionais podem servir tanto para maior reconhecimento da marca quanto para gerar receita e cita um caso em que foi possível rentabilizar: “Assim como o case de Pizza Hut. Com uma promoção a marca conseguiu aumentar a receita nacionalmente. Isso é resultado financeiro por causa de uma promoção nas redes sociais”, citou. Mas, para constuir uma história de sucesso como essa, é preciso muito suor, dedicação e estratégia. Artacho acredita que a melhor receita e também maior desafio para agências e marcas trilharem esse caminho se resume em uma palavra: integração. “Social não é mais uma disciplina somente de Marketing e Comunicação, mas estes ainda são os responsáveis por ela. Porém, o maior desafio é integrar Social com tudo que a empresa sempre fez: vendas, relacionamento, SAC, planejamento estratégico, inovação, etc. Social tem um potencial muito grande, mas para aproveitar esse potencial, precisamos olhar para o todo e não somente conteúdo e relacionamento”, alertou.
E se fosse para deixar uma lição do bate-papo que André Artacho teve com o Grupo de Mídia do Rio de Janeiro ele seria a necessidade de as marcas compreenderem o imediatismo em que estão inseridas nas redes sociais. E o recado foi claro: “O imediatismo chegou para ficar não somente em marketing, mas em tudo. Estamos evoluindo da fase de “falar com a pessoa certa” para a nova fase de “falar com a pessoa certa ANTES dos outros”, pontuou Artacho.