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O ano do mobile

O ano do mobile

Acredito que semana sim, semana não, alguém me pergunta: “A aí Zé! Esse é o ano do Mobile né”? Nunca sei se é uma pergunta séria, ou cinismo, mas sempre respondo que sim (porque eu acredito que será!)

No  começo  de  2014  baixei  a  ProXXIma  no  meu tablet e lá estava, em letras garrafais  “O ANO DO MOBILE QUANDO?”. Três meses do ano já tinham passado. Agora, estamos passando mais um trimestre e já notamos mais movimentações do mercado móvel.

Em nossa última reunião do Comitê Mobile (IAB) falamos muito sobre a falta de investimento significativo neste formato,  e  as  principais  questões  levantadas  foram sobre  o tamanho  deste setor. Sempre  que ouço suas estatísticas,  já  espero  por  informações  não  muito  precisas.  Mas,  segundo  a  americana  Gartner,  o  nosso mercado  chegará  a quase US$ 42 BI em 2017. Okay, é muito pouco diante de quase US$ 200 BI da televisão, mas um belo aumento perto dos US$ 13 BI de 2013.

Já segundo  a eMarketer,  Google e Facebook  somam  dois terços deste investimento. E os dois gigantes não contam apenas com “simples” anúncios em mobile browsers. Com a criação do Facebook Audience Network, ambas investem em suas Ad Networks. Lembrando que a AdMob que foi comprada em 2009 pelo Google.

Correndo,  o Twitter  já anunciou que irá comprar Namo Media, especializada em publicidade nativa, e integrar seus serviços ao MoPub, plataforma de entrega de anúncios que o Twitter comprou em 2013.

Quando vejo os formatos disponíveis nas Ad Networks, sempre imagino as possibilidades de interação com o usuário  de forma criativa  e não invasiva. Depois, abro algum aplicativo e logo sou bombardeado para baixar outro  app  com  banners  e full pages, vou para um portal mobile e mais banner.  Não, a culpa não é da Ad Network porque logo depois abro uma publicação digital e vejo um anúncio estático.

O grande erro é produzir mobile apenas imaginando que se trata de uma tela menor que o desktop, e não levar em conta a evolução de soluções e integrações entre hardware e OS que temos em um smartphone, como o GPS, o microfone,  a câmera,  o acelerômetro  etc. Para a produção de aplicações mobile, sempre temos que levar  em  conta  o  fato  do  usuário  querer  informação  rápida e sua atenção  pode ser desviada  muito mais facilmente do que quando ele está no desktop. Em anúncios, estes aspectos também devem ser MÁXIMAS.

Quem  fará  revisão  do  carro  às  21h?  Que  impacto  um  banner  minúsculo  tem para um jovem voltando  da faculdade, que abriu um site apenas para ver quanto está o jogo de seu time?

Os anúncios  que mais me lembro positivamente utilizavam a seu favor o fato de eu estar em conexão e em movimento. Já descobri novos restaurantes, novas lojas e novos games. Mas, ainda fico bastante frustrado por não ter feito o download de nenhum cupom de desconto de algum estabelecimento perto de mim, de ver um trailer (ou vídeo qualquer) de um novo blockbuster. E pior, nenhum Adgame! O Yahoo! possui um video case que  apresenta  diversas  ideias.  Banners  que  chamam  para  cadastro  e  cuponagem,  trailers,  conteúdos  que precisam da interação do usuário para serem mostrados e alguns Adgames. Simplesmente sensacional.  Com  isso,  penso  que  a  grande questão  não é apenas  saber o tamanho  do mercado,  e sim, conduzir  uma reciclagem em como aplicar boas ideias à tecnologia móvel. E com os 12 leões e o GP, na categoria mobile, do

Cannes Lions que trouxemos  recentemente acredito  que estamos no momento certo para fazer de 2014 o ano do Mobile.