O jeito antigo de fazer publicidade está morto: como o mobile virou o jogo para as marcas
O jeito antigo de fazer publicidade está morto. A mudança do perfil comportamental do público – a tão discutida geração millennial – aliada às evoluções tecnológicas dos últimos anos produziu uma mudança drástica na produção e no consumo de conteúdo. Os millennials querem – e precisam – ser impactados por anúncios envolventes e contextualizados com as suas atividades, que mereçam ser compartilhados em suas redes sociais.
Nesse panorama, o mobile surge como o canal mais assertivo para que as marcas se comuniquem de forma eficaz com esse público hiperconectado. Segundo uma pesquisa do IAB (Interactive Advertising Bureau), as receitas de publicidade digital nos Estados Unidos alcançaram o recorde de US$ 59,6 bilhões em 2015, impulsionadas pelo segmento de smartphones e tablets. Já as receitas advindas exclusivamente do mobile geraram US$ 20,7 bilhões – 66% a mais do que em 2014. Para 2016, o eMarketer prevê que o investimento em mídia programática display no segmento mobile representará 69%, alcançando US$ 15,45 bilhões.
Esse novo jeito de investir em publicidade já está dando o que falar. O que antes parecia inimaginável, agora é a realidade que todas as marcas precisarão enfrentar: a soberania do mobile. A grande quantidade de conteúdo e publicidade disponível no meio digital alimentou a ascensão da mídia programática, que permite segmentar campanhas por perfis comportamentais em detrimento do veículo onde a campanha será mostrada.
É exatamente aqui que as redes de anúncios mobile assumem o protagonismo: os usuários mobile gastam 90% do seu tempo em aplicativos. Ou seja, sites responsivos não são mais suficientes para se relacionar com o público, também é preciso estar nos aplicativos.
A publicidade nos aplicativos diferencia-se dos clássicos banners em sites porque conta com opções de segmentação muito mais precisas. Ao instalar um aplicativo no smartphone, o usuário autoriza a coleta de diversos dados, como a identificação do sistema operacional, o idioma, a localização, o gênero, contas de e-mail, entre outros. Ao utilizar esses dados para segmentar campanhas será possível ter contato com uma audiência muito mais propensa a se interessar pelo produto e/ou serviço que concretizará mais vendas, aumentando o ROI das campanhas.
Por que os anúncios mobile vendem mais? A resposta é simples: os dispositivos móveis criaram a ponte que une os mundos on e offline, trazendo consigo a grande oportunidade de gerar visitas físicas aos pontos de venda através de campanhas digitais. Mas é importante frisar que o uso de dados como a localização têm uma grande participação na efetividade das campanhas.
Uma das grandes apostas publicitárias dos últimos anos foram os famosos beacons. Os pequenos dispositivos que prometiam revolucionar a publicidade acabaram falhando devido a limitações como a necessidade da instalação de um hardware e de um aplicativo no smartphone do consumidor. Como resultado, a tecnologia possui escalabilidade limitada.
Por outro lado, o dado da localização é muito poderoso para ser esquecido. Por isso, as tecnologias de localização indoor surgiram como uma das salvações do mercado. Além de dispensar a necessidade da instalação de hardware, essa tecnologia permite que a publicidade impacte usuários que estejam em locais específicos. Esse tipo de solução abrange desde os pontos de venda do anunciante, até os estabelecimentos de marcas concorrentes.
Quer saber mais sobre as possibilidades de aplicação dos dados de localização na publicidade? Acompanhe a minha palestra no IAB Adtech & Data 2016! Espero por você no dia 30 de agosto as 15:30.
Agosto / 2016
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